Relatório da CPI de 8/1 pede indiciamento de Jair Bolsonaro e oito generais - DIÁRIO PATOENSE

Relatório da CPI de 8/1 pede indiciamento de Jair Bolsonaro e oito generais


O relatório da CPI de 8 de Janeiro concluiu que Jair Bolsonaro (PL) articulou uma tentativa de golpe e atribuiu a ele as invasões às sedes dos três Poderes. A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pediu o indiciamento do ex-presidente por quatro crimes durante a leitura do documento, que deve durar a sessão de hoje.

As investigações aqui realizadas, os depoimentos colhidos, os documentos recebidos, permitiram que chegássemos a um nome em evidência e a várias conclusões. O nome é Jair Messias Bolsonaro. Como se verá nas páginas que se seguem, a democracia brasileira foi atacada, massas foram manipuladas com discurso de ódio. Trecho do relatório final feito por Eliziane

O que diz o relatório

Os crimes de Bolsonaro, segundo a relatora: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

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O nome de Bolsonaro é citado 268 vezes no documento de mais de 1.300 páginas.

O 8 de janeiro não foi um raio repetino num dia claro de sol, as nuvens carregadas que anunciavam a tempestade começaram a se acumular muito tempo antes. Entender a dinâmica desses acontecimentos é fundamental para identificar as ameaças e prevenir novos atentados contra o Estado Democrático de Direito. Trecho do relatório final da CPI

A possibilidade de implicação de Bolsonaro surgiu logo no começo. O cronograma de trabalho da relatora começava com o não reconhecimento da vitória de Lula na eleição e o bloqueio das estradas por apoiadores do ex-presidente.

A lista de indiciados tem mais de 60 nomes ao todo. Como esperado, vários militares de alta patente estão no relatório da CPI como participantes da tentativa de golpe:

  1. General Marco Antônio Freire Gomes: estava à frente do Exército e permitiu que manifestantes acampassem na frente de quartéis segurando faixas sobre intervenção militar.
  2. General Augusto Heleno: chefe do GSI no governo Bolsonaro. Ele prestou depoimento e xingou a relatora da CPI.
  3. General Walter Braga Netto: candidato a vice na chapa de Bolsonaro. O militar deu declarações dando esperança para apoiadores do ex-presidente de que Lula não tomaria posse.
  4. General Luiz Eduardo Ramos: ministro da Secretaria-Geral da Presidência durante a gestão Bolsonaro. Ele era um dos militares mais próximos e leais ao ex-presidente.
  5. General Paulo Sérgio Nogueira: ministro da Defesa que teria se reunido com um hacker para tratar da invasão falsa das urnas eletrônicas. Ele também não colocou freio em manifestações golpistas dentro das Forças Armadas.
  6. General Carlos José Russo Assumpção Penteado: membro do GSI; sua atuação teria permitido que os manifestantes golpistas entrassem no Palácio do Planalto.
  7. General Ridauto Fernandes: alvo de operação da Polícia Federal por invadir às sedes dos três Poderes e ajudar que outras pessoas fizessem o mesmo.
  8. General Carlos Feitosa: integrante do GSI que teria falhado em prever as invasões. Ele escolheu categoria laranja de segurança para 8 de janeiro, o que limita o emprego de agentes.

 
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Relatório da CPI de 8/1 pede indiciamento de Jair Bolsonaro e oito generais Relatório da CPI de 8/1 pede indiciamento de Jair Bolsonaro e oito generais Reviewed by Redação on 17.10.23 Rating: 5

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