Problema no telefone: SAMU demora e paciente morre em clínica de Patos

Vítima

Um fato lamentável chamou a atenção das pessoas que se encontravam na Clínica LabVita, Centro de Patos, quando o senhor Severino Paulo da Silva (foto), 49 anos, natural de Brejinho (PE), sofreu um infarto fulminante e veio a óbito minutos depois. O caso aconteceu na tarde desta terça-feira, dia 17, quando Severino e sua esposa, a senhora Elda Vilar de Sousa, aguardavam para realizar exames médicos.

De acordo com Elda Vilar, o seu esposo estava tendo problemas cardíacos há vários dias e o caso se agravou na última semana. Elda relata que o seu esposo estava com dores nas pernas e se queixava de problemas de pressão alta. “Quando nós estávamos vindo para Patos na ambulância ele já estava com sinais de que não estava bem. Aqui na clínica fomos bem atendidos e acho que não teve muito o que fazer na hora do ataque. Foi forte demais”, relatou Elda.

Clínica onde aconteceu o fato

A reportagem ouviu vários relatos se queixando da demora para o atendimento telefônico por parte do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). “O telefone chamava e ninguém atendia. Era todo mundo daqui lingando e nada de atender. Como a clínica fica perto da Delegacia de Polícia Civil fomos até lá e o delegado Dr. Pedrosa também ligou e nada de atender. Cerca de 20 minutos depois foi que um cliente da clínica conseguiu falar e minutos depois a ambulância do SAMU chegou e também a dos bombeiros. Demorou demais para atender!”, relatou uma funcionária que prestou os primeiros socorros na clínica.

Em contato com o diretor do SAMU, Anderson Sóstenes, a reportagem foi informada que está de fato havendo um problema na linha 192. “Nós identificamos esse problema no tronco digital 192 há alguns dias atrás e estamos tentando resolver esse problema. O caso já foi comunicado a Oi, mas até agora não se resolveu. Você mesmo presenciou que o telefone está nesse momento funcionando adequadamente. O nosso serviço está de prontidão, mas depende da Oi para resolver esse caso em si”, relatou Anderson.

Indagamos sobre a gravidade do problema ao diretor do SAMU, ele disse que reconhece o fato e que já solicitou que as operadoras de telefonia resolvam o caso, mas esse tipo de acontecimento não depende do SAMU que está sempre apostos, e sim das empresas telefônicas.