Este domingo (08), Dia das Mães, prometia muita emoção no futebol da Paraíba, e não foi diferente. No Amigão, o Treze recebeu o Botafogo. Com a missão quase impossível de fazer quatro gols no time da capital. Mas no futebol, até o impossível acontece, imagina o quase? Resultado, o Galo da Borborema cantou alto e venceu o confronto por 4x0. Mas a história da partida é algo à parte: Garra, vontade, luta, comicidade, trágico, violento, esta pode ser a melhor definição para o que aconteceu no Colosso da Borborema.
O Treze começou fazendo o que não fez no primeiro jogo, logo nos primeiros minutos, por pouco não abriu o placar com Ferreira, obrigando Genivaldo a fazer defesa de ponta de dedos e ceder o primeiro escanteio.
Aos cinco minutos o Galo era puro ataque, mas Genivaldo não falhava.Aos 8, o Botafogo fez sua primeira modificação, saiu Charles Wagner com problemas musculares para entrada de Ivan.
Aos 10 minutos o Bota começou a chegar ao ataque do Treze, mas a zaga do galo tava atenta e afastava o perigo. Na sequência Auremir, responsável por marcar Cléo, recebe cartão amarelo.
Os dois times equilibram o sistema: um cuida de atacar bem o outro de defender assim chega aos 22 minutos. Warley consegue chegar ao ataque, mas não finaliza bem. Em seguida, o Belo ataca com Edmundo, obrigando Carlos fazer boa defesa e evitar o seria o primeiro gol da equipe botafoguense.
O Galo dá o troco com Cléo, mas outra vez Genivaldo trabalha bem e defende sem maior esforço, na sequência é a vez de Doda que tem boa oportunidade, mas chuta fraco facilitando para Genilvado, 0x0.
O Belo faz falta na área, Warley marca de pênalti aos 41 minutos, abrindo o placar em favor do Galo, 1x0.
Em jogada rápida Warley disputa e fica com a bola, em seguida passa para Vavá que serve Doda, este marca o segundo do Treze aos 44 minutos, 2x0.
Assim acaba o 1º tempo, mas começa a confusão, o dirigente do Botafogo Breno Morais, enfrenta o árbitro da partida, questionando pequenos lances que em sua visão estariam prejudicando a equipe do Belo.
Na volta do “recreio” a mesma cena, a mesma não! Confusão ainda maior, praticamente todos os componentes da comissão técnica do Botafogo foram convidados a deixar o espaço de trabalho, isto por conta de seus ânimos exaltados além do limite. O árbitro recebe a proteção de cerca de 20 policiais em campo, em situação um tanto fora do padrão, mas é clássico e vale vaga na final da fase. Então é normal.
Nas equipes, nenhuma mudança, com a situação de volta ao normal, o jogo recomeça em sua etapa segunda. O Botafogo volta mais agressivo, chegando à área do Treze com maior facilidade, mas a zaga do Galo resolveu que o sono da quinta-feira a noite é só da quinta, na tarde do Domingo das Mães ninguém dorme, trabalha.
No Belo, sai Edmundo para entrada de Tiririca, e em seguida Xapinhapara entrada de Andre Oliveira.
Ferreira insiste em jogada difícil e consegue passar para Weverson que marca o terceiro do Galo, 3x0. Na sequência bom ataque do Belo, mas a zaga do Treze desarma a tempo e evita maior perigo.
O valente Thiago Messias, que volta após bom tempo em tratamento, sente a musculatura e sai para entrada de André Lima. Em seguida o técnico Marcelo Vilar faz outra substituição, Thiago Almeida entra no lugar de Weverson.
Pouco tempo depois, Vilar faz sua última mudança, Vaninho entra no lugar de Nata. A equipe de Campina Grande, continua buscando o 4º gol, o que lhe permite a vaga na decisão.
E ele veio! Veio dos pés do atacante Vavá, aos 35 minutos do segundo tempo, em cruzamento de André Lima. Agora é hora da confusão recomeçar... A polícia entra em campo com o uso do spray de pimenta, o técnico do Botafogo Maurício Cabedelo agride o atacante do Galo. O jogo fica parado, a confusão continua... O goleiro Carlos recebe agressão e fica caído... O árbitro expulsa os goleiros Carlos e Genivaldo, os atacantes Cléo e Vavá do Treze, e Henrique pelo Botafogo.
Maurício Cabedelo agride o árbitro Gerfeson Rafael com um soco no rosto, este "ordena sua prisão", mas ele sai de fininho, antes que a polícia o leve e fica só observando no banco dos reservas.
Com os goleiros expulsos e sem poder fazer mais substituições, é hora de se virar como pode, no Galo Warley vai para o gol, no Botafogo Ivan assume a função.
A confusão dentro do campo “contagia” os torcedores que começam a se agredir também nas arquibancadas, uma pessoa passa mal no meio da torcida do Belo e o socorro médico é chamado para atendimento. Mais de 8 minutos e o jogo continua parado... A alternativa nas arquibancadas era pedir pela paz.
No banco, Maurício Cabedelo é “guardado” por cinco policiais que esperam o jogo acabar para levá-lo até uma delegacia. Isto é futebol ou circo? Bem vamos seguir que ainda tem jogo. Pode demorar mais um pouco, mas ainda tem.
Eba! Em fim, o jogo recomeça... Seja o que Deus achar melhor neste Dia das Mães, quero dizer Noite das Mães, porque o dia já se foi e o jogo continua... Como será que está o tempo deste confronto, me perdi já tem “uma semana”... Mas fiz as contas de quantos atletas tem em campo: 8 do Treze e 9 do Botafogo, se contarmos com o técnico do Treze, dá empate.
Eita, tenho que fazer as contas outra vez, Doda do Treze sente dor na coxa e sai de maca, agora o Treze tem apenas 7 homens em campo. Eme achei no tempo, 1 hora e 2 minutos da segunda etapa. Agora outro atleta cai em campo, Vaninho, o médico do Galo é chamado para avaliar a situação e afirma que ele não tem condição de continuar jogando.
Pela regra, com apenas seis atletas em campo pelo Treze o jogo deve acabar, mas não acaba... Agora 1 hora e 7 minutos da etapa final. Com 41 minutos jogados, o árbitro então pára o jogo. Esta partida vai ser comentada por muito tempo.
Após conversas da arbitragem com o médico do Treze e com representantes da Federação Paraibana de Futebol, é determinado o fim do confronto. O Treze está na Série D e ainda pode ser campeão direto, faturando a segunda fase, em jogo que acontece diante das maiores torcidas do Estado: Alvinegra e Rubro Negra e no querido estádio O Amigão, em Campina Grande, confronto da quinta-feira (12) e do domingo (15), entre Campinense e Treze e Treze e Campinense.
O Treze por ter melhor campanha, joga por dois resultados iguais.
Ficha Técnica
Botafogo
Genivaldo, Walber, Henrique, Célio e Rogerinho; Charles Wagner (Ivan), Rodrigo Santos, Auremir e Chapinha (André Oliveira); Paulinho Macaíba e Edmundo (Cristiano Tirica).
Técnico – Maurício Cabedelo
Botafogo
Genivaldo, Walber, Henrique, Célio e Rogerinho; Charles Wagner (Ivan), Rodrigo Santos, Auremir e Chapinha (André Oliveira); Paulinho Macaíba e Edmundo (Cristiano Tirica).
Técnico – Maurício Cabedelo
Treze
Carlos, Ferreira, Anderson, Thiago Messias (André Lima) e Weverson (Tiago Almeida); Nata (Vaninho), Celico e Doda; Cléo, Warley e Vavá.Técnico - Marcelo Vilar
Árbitro – Jefferson Rafael
Assistentes – Luis Felipe e Oberto Santos
Gols – Warley (T), aos 42min, Doda (T), aos 44min do 1º tempo; Weverson (T), aos 21min, Vavá (T), aos 35min do 2º tempo
Cartão vermelho – Carlos, Cléo e Vavá (T); Genivaldo e Henrique (B)
Cartão amarelo – Auremir, Tirica, Célio, Vavá (B), Celico, Ferreira (T
Assistentes – Luis Felipe e Oberto Santos
Gols – Warley (T), aos 42min, Doda (T), aos 44min do 1º tempo; Weverson (T), aos 21min, Vavá (T), aos 35min do 2º tempo
Cartão vermelho – Carlos, Cléo e Vavá (T); Genivaldo e Henrique (B)
Cartão amarelo – Auremir, Tirica, Célio, Vavá (B), Celico, Ferreira (T
Zenaide Vitorino/Agora Esportes
09/05/2011-ESPORTES:Treze devolve a goleada ao Botafogo e está na série D
Reviewed by Medeiros
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